segunda-feira, 25 de março de 2013

Garçom de bandeja




Garçom é muito mais do que o profissional responsável por atender os clientes em um bar, café ou restaurante, anotar seus pedidos, servi-los, e, após a saída do cliente, retirar os restos da mesa, limpá-la, de modo que outra pessoa possa ocupá-la. Defini-lo assim seria frio demais para uma das ocupações que mais fazem parte da cultura popular. O atendimento, quase sempre personalizado, faz com que o garçom se torne, em alguns casos, um personagem folclórico de bares e restaurantes. Alguns poucos clientes não estabelecem uma relação com os garçons, porém a maioria os adora.
Os proprietários dos estabelecimentos onde trabalham os consideram parceiros e o fato é que, sem uma boa equipe de garçons, nenhum estabelecimento do setor alimentício conquista o sucesso e reconhecimento dos clientes.
No grupo Royal Palm, há um destes personagens, muito querido pelos hóspedes, com os quais mantém uma relação afetuosa. Ele recebe bilhetes com elogios ao seu atendimento e tem sua ausência notada quando está de férias. Gonçalo Alves Fernandes, ou, simplesmente, Gonçalo, 40 anos, há 13 anos é Garçom do restaurante Matisse do Royal Palm Residence, onde entrou na parte de obras, passou por manutenção, ajudante de cozinha até virar este Garçom tão querido pelos clientes. Não à toa Gonçalo é o recordista de elogios dos hóspedes entre todos os colaboradores do Royal Palm.
Garçom é uma das poucas profissões em que se avalia o profissional ao contrário. Ou seja, quanto menos ele for notado, melhor estará fazendo seu serviço. Não chamar atenção, nesse caso, não é desmerecimento, e sim competência. Ninguém gosta de ser interrompido por um garçom que quer, desesperadamente, anotar o pedido. Gonçalo explica a importância do atendimento logo no primeiro contato. “Quando o cliente chega, você tem que oferecer uma atenção especial e mostrar o buffet completo. Depois, deve-se ficar atento aos detalhes, a qualquer necessidade do cliente e atender sempre com agilidade e cortesia”, ensina.
Ter técnica é essencial, mas o que vale mesmo é o atendimento afetuoso. Para os leigos, o garçom cativante é o melhor, porém a simpatia tem de ter limite. “Não pode ficar em cima do hóspede, mas tem que estar sempre disponível. Você dá liberdade a ele, mas nunca deixa de atendê-lo. Se você começa a servir uma mesa, tem que atendê-la até o final, mesmo que sirva outras pessoas ao mesmo tempo simultaneamente”, explica Gonçalo.
Em suma, o importante é o garçom ter sensibilidade, perceber quando e como se aproximar, ser atencioso sem ser invasivo e estabelecer uma relação que denota inclusive confiança. E tudo isso, com o sorriso no rosto, afinal, todo mundo quer ser atendido com bom humor em um dos momentos mais prazeirosos do dia: o momento de se ter uma gostosa e inesquecível refeição.

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